Flor do mato
O enfermeiro chegou, enfim, chegou minha hora de descansar. Tomás gritou a noite toda, hoje mesmo ligarei para o médico. Mas quero ir ao jardim, antes, que ele grite novamente. Tomás tem sido a cruz que carrego, seu estado de vida está piorando. Aparentemente, é como um moribundo, num sepulcro, esperando a morte. Machuca, ter que dizer isto. Meu amago sangra de dor. Preciso sair um pouco… Como de costume quero ir, ao jardim, as flores, estão cada dia mais belas. Isaac, sempre cuidando. Hoje, a primeira flor que fui ver, foi a flor do mato. Estava deslumbrante, valente e viva, algumas já estavam mortas, devido à geada no Sul. — Isaac, parece que as flores estão murchando. — Elas estão morrendo, devido à geada. — Percebi, Tomás. Não havia a fazer, a não ser cobri-las, o jardim e vasto de flores. Isaac me olhou, fixo, estava lacrimejando. Ele sentia adoração pelas flores. Enquanto isto, a valente flor do mato parecia estar sorrindo, linda, já Isaac queria arrancá-la de lá. Em meio a geada e o sol, sempre audaz... Bom, o enfermeiro se foi, chegou minha vez, de ficar com meu esposo, notei que ele estava mais magro, sorrindo. Tomás, queria se curar, e voltar a ser aquele homem feliz. — Tomás, meu amor, parece ser outro. Seus olhos brilhavam, enquanto se esforçava para emagrecer.
Não havia palavras para: — Dizer, o quanto, me sentia, feliz.
Continua...
Fabiane Braga Lima/ Rio Claro, S, P
Comments