Parece que Téo me deu um ultimato. Uma semana para me lembrar de coisas que havia me esquecido, já não me sentia bem na casa de mamãe, então, resolvi ficar perto de Téo, não tenho como negar, ele me passa segurança, e eu o amo. Hoje estou de folga do serviço, quero dar uma volta, enfim esquecer certas complexidades. Resolvi ir até a mercearia, aqui no morro não existe um supermercado. O proprietário da mercearia está realizando a limpeza. A água que saia do chão está completamente suja, tudo muito nojento, mas preciso de mantimentos para a casa. — Está bem sujo o chão o chão? — Sim, tenho muitos clientes, e vivemos num morro, não há asfalto. Bom, isso é verdade!
Peguei os mantimentos. De repente, Téo estava lá, parecia estar me seguindo, com a cara fechada. — Que bom que está aqui.
— Faz tempo que cheguei, estava lhe admirando. — Já que está aqui, vamos para casa, estou exausta. — Não, não está exausta, está humilhando pessoas, infelizmente só sabe fazer isto. — Téo, volta aqui! — Uma semana, lembre-se… Fiquei horas, sem saber o que fazer, preciso mudar, ser uma pessoa mais digna, não um verme.
Fabiane Braga Lima/ Rio Claro, S.P
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Continua…
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