O morro. III
- Fabiane Braga Lima, escritora
- 14 de mai. de 2023
- 1 min de leitura
Atualizado: 30 de mai. de 2023
Parece que Téo me deu um ultimato. Uma semana para me lembrar de coisas que havia me esquecido, e já não me sentia bem na casa de mamãe, então, resolvi ficar perto de Téo, não tenho como negar, ele me passa segurança, e eu o amo. Hoje estou de folga do serviço, quero dar uma volta, enfim esquecer certas complexidades. Resolvi ir até a mercearia, aqui no morro não existe um supermercado. O proprietário da mercearia está realizando a limpeza. A água que ele usa no chão está completamente suja, tudo muito nojento, mas preciso de mantimentos para a casa. — Está bem sujo o chão. — Sim, tenho muitos clientes, e aqui morro, não há asfalto. Bom, isso é verdade! Peguei os mantimentos, de repente Téo estava lá, parecia estar me seguindo, com a fechada. — Que bom que está aqui. — Faz tempo que cheguei, estava lhe admirando. — Já que está aqui, vamos para casa, estou exausta. — Não, está não exausta, está humilhando pessoas, infelizmente só sabe fazer isto. — Téo, volta aqui! — Uma semana, lembre-se… Fiquei horas, sem saber o que fazer, preciso mudar, ser uma pessoa mais digna, não um verme.
Fabiane Braga Lima/ Rio Claro, S.P

Continua…
Commentaires