NAQUELA NOITE ( CONTO)
- Fabiane Braga Lima, escritora
- 18 de set. de 2022
- 1 min de leitura
Atualizado: 12 de mai. de 2023
Cotidiano: Naquela noite
Naquela noite, não restava mais nada, a minha mente foi voltando ao normal, enxerguei a vida, não tinha mais medo de ficar presa no meu subconsciente. Fui enxergando aos poucos, onde tinha me perdido e fui me encontrando. Deu uma vontade grande de chorar, quis voltar, mas não havia mais nada, apenas destroços e meus versos feitos nas madrugadas.
Como é triste e dolorido, saber que deixamos de viver por meras ilusões, como é triste saber que perdemos tempo, pois pelo menos eu perdi. Agora nada faz sentido, é como um relógio empoeirado, quebrado, pregado na parede e preso no tempo. E quando realmente acordei, eu não lembrava de mais nada, precisava cuidar de mim, do meu psicológico.
Naquela noite, não ouvia mais as vozes, nas quais me perturbavam tanto, não havia sombras do passado. Naquela noite, eu acordei e resolvi viver. Foi preciso a arte me esmagar para que eu pudesse sentir que tenho alma, e sede de vida...!

Texto de Fabiane Braga Lima, é poetisa, contista e cronista em Rio Claro, São Paulo.
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