Luana sozinha no mundo!
— Acorde, olhe a hora, perdeu a noção! — Gritou a mãe de Luana.
Como se nada tivesse acontecido, Luana, banhou seu corpo, sempre a tagarelar no chuveiro. Havia passado da hora de ir à escola e a complacente Luana, vagarosamente, ainda tomava seu café.
Mimada pelo pai, que havia falecido em acidente. Estava ficando rebelde, e andando como más companhias. Luana faltava as aulas com frequência e ao chegar em casa, sempre chorava, e dizia a mãe: — Espancaram-me na escola, não sei o que fazer.! Sempre com lágrimas falsas escorrendo pelo rosto, e hematomas, nos quais ela mesmo fazia em si. Era uma garota indolente, querendo usufruir de uma falsa liberdade.
Mas, o mundo dá voltas, Maria, mãe de Luana, adoeceu de repente e precisou ficar de cama. Diagnosticada com câncer de pulmão, o tempo urgia e, definhava-se cada vez mais. A doença estava se alastrando rápido e agravando-se cada dia mais, a jovem senhora mal se alimentava.
Como uma filha daquela,
não era de se espera! Maria não reclamava, apenas queria ter o prazer de conversar com sua filha. Seu corpo estava cheio de feridas que além de sangrar cheiravam mal. Luana, vendo tudo de perto, sentiu nojo de sua própria mãe. Esquentava um pedaço de ferro e passava em suas feridas tentando cicatrizá-las. Num intuito cruel e indigno típico de uma psicopata. Bom, era, de fato, uma verdadeira psicopata.
Certo dia, com a voz enfraquecia, Maria tentou dialogar com a filha: — Minha filha saiba que amo lhe muito! — A filha sem muito se esforçar na mentira a filha respondeu que também a amava! Cínica, sorria calada. Não demorou muito a jovem senhora esperou em casa, na cama passava os dias e as noites, praticamente sozinha. No dia do velório inconsolável, Luana em desespero falso, gritava, fingindo chorar e todos procuravam consolar a jovem. Com o passar do tempo, boatos se avolumaram, e os atos de crueldades de Luana com a mãe ganharam as ruas.
Luana sozinha no mundo (segunda parte)
— Luana, Luana, sou eu Damaris! Lembra-se de mim? — Aos gritou e no meio da rua uma colega de anos a reconheceu de longe.
— Não! Respondeu Luana, e continuou andando.
Mas Damaris, persistiu e foi vê-la, mesmo sabendo do que havia ocorrido.
Dos rumores da crueldade que fizera com sua mãe. Damaris bateu na porta de Luana, e sem nada dizer, somente abriu a porta e fez menção para a antiga amiga de escola a entrar.
— Luana não estou aqui para te julgar! Me escuta o seu rosto está cheio de feridas, cheio de hematomas…
— Deixe- me em paz, nunca gostei de você, aliás de ninguém.
— Sempre me considerei sua amiga, durante todos esses anos, ou se esqueceu?
— Maldita! Suma daqui, ou lhe mato! — Gritou, sempre, com o mesmo tom de deboche.
— A lei do retorno é implacável, olhe no espelho, veja seu rosto, nem ao menos quer ajuda. Mas Luana não passava de uma narcisita. Uma mulher calculista que a cada dia tornava-se mais fria! Todo psicopata tem comportamentos típicos de pessoas antissociais e impulsivos, empatia com os outros, tende a ser manipuladores e, simultaneamente, narcisistas. São incapazes de qualquer vínculo emocional.
Lembrando: — Há uma diferença, entre narcisita, de uma pessoa esquizofrênica! Esquizofrenia, e caracterizada por delírios, pensamentos fora da realidade, uma fala desorganizada, isolamento social, podendo levá-lo a automutilação do próprio corpo, mas há controle. Essa história aconteceu no interior se São Paulo.
Quanto a Luana, não sei dizer se era: narcisita, sociopata ou psicopata!
Fabiane Braga Lima, Rio Claro, S,P
Fabiane Braga Lima/ Rio Claro, S.P
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