O lago.
- Fabiane Braga Lima, escritora
- 1 de set.
- 2 min de leitura
O lago: Primeira parte
— Querido, preciso sair! — Disse Laura a Luan, seu esposo.
— Poderias me informar, sobre o destino a ser percorrido? — Perguntou Luan, não disfarçando ao mau-humor, que se misturava com o machismo impregnado em cada palavra.
Assim que Laura saiu, sem dizer para onde iria, o tempo mudou. E de repente começou a chover. Laura ficou intacta, parada, porém a chuva parecia limpar, a sua alma carregada, de tanto guardar os desaforos, acumulados por anos e anos, de abusos, por parte do marido. Então Laura se moveu, e começou a dançar na chuva, parecia outra mulher, feliz e sozinha, longe dos desaforos de Luan e da família do marido.
Ao voltar para casa, subiu as escadas, se banhou, um banho bem demorado, trocou de roupas e desceu as escadas e se sentou no sofá, Laura estava exausta. Luan, olhou profundamente para a esposa, como se tentasse encontrar algo, que não está ali anteriormente, mas que agora estava.
— Onde estava, parece estar feliz em demasiado, chegou toda molhada, entrou no lago? Não foi! — Perguntou Luan por fim.
— Não, peguei chuva! — Respondeu Laura complacentemente.
— Os nossos filhos, perguntaram sobre o misterioso sumiço da mãe deles! — Esbravejou Luan.
— Desculpe-me…
— Cale-se! — gritou Luan com muita força, a pegou pelos braços e a jogou no chão.
— Reflita mulher! E fique em casa para cuidar dos teus filhos! — Gritou com toda a força, enquanto Laura chorava e se contorcia no chão.
— Os nossos filhos, se esqueceu…
— Cale-se! Luan gritou novamente.
Continua…
Texto de Fabiane/ Blog do escritor, é poetisa, contista e cronista em Rio Claro, São Paulo.

Comentários