top of page
Esse site foi criado por Escritora,

Um curioso caso!

Um curioso caso!

Ao anoitecer um silêncio pairava no ar no velho casarão, uma inquietação me fez despertar, era tarde da noite. Acordada sai da cama, então sonolenta desci as escadas, liguei o alerta total conforme ganhava o primeiro andar, fui beber um copo de água. Na cozinha, não abri a geladeira e decidi ir direto para pia, o barulho da torneira ainda enchia os meus ouvidos e a água quase trasbordava no copo quando uma voz glacial inundou o ambiente. Olhei para trás, era um homem mal vestido.

— Pode me arrumar um copo de água, por favor!

— O quê? — Em meio a turbilhões de sentimentos e pensamentos confusos, só uma pergunta ficou martelando na minha cabeça: ‘’ — Como um estranho entrou na minha casa!’’ Como se asas brotassem nos meus pés

voei pelas escadas e voltei para o meu quarto. No meu quarto repassei a cena, tinha um estranho na minha cozinha, tinha os fortes olores de jasmim misturado com o odor putrefato de alguém que vive nas ruas. Tinhas os olhos azuis ejetados e um sorriso com dentes perfeitos. Tinha o som do copo cheio de água gelada que deixei cair no chão. Tinha a minha necessidade de deitar na minha cama e dormir e acordar em um mundo que fazia sentido.

Ao acordar, me olhei no espelho e lentamente desci as escadas. Os fortes odores haviam desaparecido e na cozinha lá estava ele, o homem misterioso, sentado na mesa da cozinha. Olhei o relógio postado na parede, era madrugada e nada dele querer partir. Naquela hora tive um pensamento esquecido que talvez ele estivesse morto. Mas, a respiração dele ficou cada vez mais ofegando, parecia irado, eu fingi não estar preocupada, mas o meu corpo estava gelado. Perguntei para o estranho quando iria embora, e ele em um rompante me pegou pelo braço, jogou-me na parede, me beijou. O forte odor me invadiu de novo, e como adivinhando o que eu sentia, o estranho me largou e me disse precisar tomar um banho. Pegou na minha mão e me conduziu para fora da cozinha rumo ao desconhecido.

O estranho agia como se fosse o dono da casa, como se conhecesse a casa, pois subiu as escadas, invadiu o meu quarto, acendeu a luz, foi até o guarda-roupa, pegou uma toalha e partiu rumo ao meu banheiro. Mandou-me ficar bem quieta. Tirou as roupas encardidas, notei o carpo atlético do estranho, ele entrou no box de acrílico e fechou, abriu o chuveiro.

Céus! Estou desejando um estranho, uma pessoa que conheço. Não resisti, entrei no box e subitamente me entreguei aquele estranho! Sedento, parecia devorar cada parte do meu corpo, com força colocou a mão na minha boca e mandou eu ficar quieta! Mandou-me não gritar e somente sentir.

Lá fora a vida ocorria naturalmente e começou a chover forte, e na minha realidade a madrugada parecia assustadora, nada dele ir embora. Depois do banho ele me amarrou na cama, desceu as escadas, escutei o barulho, abriu a torneira. Voltou com um copo de água nas mãos, ele segurava com as duas mãos firmes. Molhou meu corpo e delicadamente secou com sua boca, me fez sentir os prazeres requintados, ele era um cavaleiro!

Deliciou-me de profundos prazeres libidinosos, entre muitos beijos ardentes e orgasmos, nossos corpos se encaixaram no pecado! Isso é profanação! Não sei? Me sentia completa, e ali, nosso estranho amor foi consumado, selado. Ele partindo! Calou-me apenas com um beijo.


Continua…,


Fabiane Braga Lima/ Rio Claro, São Paulo

#wixsite14:24 27/02/2023

3 visualizações0 comentário

Posts recentes

Ver tudo

Comments


Olá

bottom of page