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O morro.

O morro*

Amanheceu, hora de trabalhar. Trabalho como enfermeira num hospital particular, bom, chegou a hora de descer o morro, o maldito morro, tudo esfumaçado de barro. Meu esposo já se encontra no serviço, trabalha como servente de pedreiro. Infeliz, nunca procurou um serviço melhor, diz ser feliz assim. Não, ele só pode estar brincando, com seu salário mal consegue pagar o aluguel. Enquanto eu, tenho que trabalhar quase o dia todo, para pagar as contas, fazer compras, enfim, manter a casa. Estou exausta, agora subirei o morro, como sempre, sozinha. Téo, meu esposo, continua trabalhando, quando chega a noite, trabalha como segurança. Deitada, se passou algo instigante em minha mente. Fiquei calada e pensei: — O que estou fazendo aqui? Sempre morei no Leblon. Amanhã irei até lá, preciso conversa com mamãe. — Estela, cheguei meu amor. Téo chegou, ótimo. — Estou aqui no quarto. Sou uma mulher amarga, como posso diminuir o homem que amo. Há algo estranho, minha vida mudou, completamente.

Fabiane Braga Lima/ Rio Claro, S.P


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