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Enzo e eu !

Atualizado: 30 de jun. de 2023

Enzo e eu!

Enzo está insuportável com este cinzeiro, bate o tempo todo na mesa de centro. Parece querer me tirar do sério. Quer saber, acabarei com sua festa.

— Me dê este cinzeiro, mal posso assistir minha novela.

— Oras, Maria, anda estressada?

— Como é sarcástico. Faz isto para me provocar.

Retirei-me da sala, mas fiquei espiando o que se passava com Enzo.

Infeliz, estava me provocando. Agora, só me resta saber o motivo.

Arrumei a casa, e logo me sentei no sofá, ao lado de Enzo.

Novamente, batendo aquele maldito cinzeiro.

— Por que tem um cinzeiro Enzo, nunca fumou?

— Ah! Então, não, sabe o motivo…

Você recorda-se do Sr. Lucas, proprietário da imobiliária em que trabalho?

— Sim, lembro-me

— Ele me deu este cinzeiro, como gratidão por tudo que faço a ele…

Não, Enzo só pode ter enlouquecido. O senhor Lucas não o suporta, morre de ciúmes dele com sua esposa, afinal Enzo sempre foi mulherengo. Preciso descobrir o que

acontecendo, amanhã vou até a imobiliária tentar descobrir algo. Enzo que se prepare, pois nesta historia não há nada concreto. — Bom, preciso dormir, estou exausta

Mas, se Enzo pensa que ficarei quieta, ele está enganado, posso ser a calmaria e o mar bravio, quando quero descobrir algo…


Acordamos cedo como de costume, eu dou aula para crianças o dia todo, já Enzo parece só bater o cartão, e ir para casa. Começou a chover forte, e a coordenadora soltou os alunos mais cedo. Chegando em casa, estranhei, fazia um silêncio, não escutei Enzo bater cinzeiro. Deitei no sofá para tirar um cochilo. De repente, ouço gemidos, uma mulher gritava coisas obscenas, subi a escada e notei que o barulho vinha do meu quarto, a porta estava semiaberta. Céus, era Enzo nu com uma mulher. Estava péssima, mas fingi não ter olhado aquela cena desprezível.

No dia seguinte, abalada, engoli o choro, e fui para escola, afinal, meus alunos me esperavam. Desconsolada, fui para casa, Enzo batia o cinzeiro, querendo me irritar, foi então, que notei mordidas em seu pescoço, em sua blusa, havia marcas de batom. Respirei, ofegante, mas não puxei assunto com ele, apesar de querer uma explicação. Deixei ele tomar a iniciativa de me contar, sobre a tal amante. Nesses dias conturbados, encontrei Jhon, um velho amigo e namorado da faculdade. Ele me reconheceu, e gritou-me de longe: — Jane, sou eu Jhon, continua linda. Fui até ele para conversarmos de perto.

— Jhon, que bom lhe encontrar, precisamos marcar um dia para colocar a conversa em dia. Despedi-me, e fui para casa. Não escutava mais o barulho do cinzeiro, apenas gemidos e gritos obscenos de Jhon com a amante. Como a porta do quarto estava semiaberta, comecei a gravar, assim poderia ter provas. Fui trabalhar, lá estava Jhon no portão da escola. — Eu aguardava por você, não conseguia parar de pensar em nós dois, em como erramos felizes e apaixonados. Minhas pernas ficaram tremulas, não sei se foi carência, mas lá estava um homem, e aquele homem, como é lindo e romântico. Segurou minha mão, escondido dos alunos, beijou-me.

Continua…

Fabiane Braga Lima/ Rio Claro, S, P



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