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Quem não gosta de um clássico? Quem não gosta de reviver o passado? No Brasil as tragédias são verdadeiros clássico, às vezes tragédias anunciadas pelas Cassandras histéricas. Quem não se lembra de Canudos tragédia muito conhecida, ou mesmo a guerra do contestado, pouco conhecida. Há também as tragédias recentes: boate kiss, massacre da Candelária e atentado no rio centro. Só para ficar em alguns clássico e não matar o público leitor de tédio.
As grandes, média e pequenas tragédias geral acabam em impunidade e quem as perpetra e quem é punido é o lado mais pobras e hoje vamos tratar de uma tragédia, uma grande tragédia nacional, um clássico instantâneo e recente. Um misto de ganância corporativa, privatização à brasileira que é selvagem e submissa ao grande capital, negligencia estatal, uma pilha de corpo prontas para não serem enterradas e uma devastação ambiental gigante.
Com o rosto coberto de lama as pessoas choravam pois Brumadinho no estado de Minas Gerais foi engolido pela lama. No dia vinte e cinco de janeiro de dois mil e dezenove uma barragem se rompeu deixando 259 mortos. Aonde foram parar as cidades!? As crianças choravam e os bombeiros vasculham a lama em busca de sobreviventes e corpos sem vida.
O governo central buscou ajuda de Israel, para ajudar o povo soterrado pela lama, naquele momento trágico. Com direita até a uma jovem garota propaganda, soldado Israel tanta hipocrisia, Israel fica é um país moderno e com clima de deserto.
Os bombeiros brasileiros cansados choravam pela morte de muitos, e dos seus. Um popular gritava: —Meu Deus, meu Deus me socorre! Ninguém o escuta. Já outro popular sussurra bem baixo para si: — Já não existia mais cidade Brumadinho!
Famílias choravam a morte de seus filhos, pais, avós, parentes, amigos e vizinhos. Enquanto lhe serviam um prato de comida, e roupas. Enquanto isso o governo central erguia bandeira de Israel os fazendo de heróis. A desértica Israel ajudou, mas também investiu em diplomacia e marketing.
Mas uma hipocrisia do central governo! Políticos homenageavam outro país, enquanto nosso povo estava sendo velado! Diante da hipocrisia de governantes, nos esfregando na cara seu imoralismo barato.
O que pensar e o que fazer? Sair as ruas e pedir um país mais digno, longe dessa politicagem suja, machismo, racismo, xenofobia e termos mais direito. Uma história já vista antes. O povo nas ruas
Enquanto a minha pessoa? Eu não vou me calar, ainda vivo num país democrático! Meu povo, meu país, minha voz e a dor vindo debaixo da lama…!
Texto de Fabiane Braga Lima, contista, poetisa e cronista em Rio claro, São Paulo
Fotografia de Renan Fillipi Da Costa, fotógrafo em Itajaí, Santa Catarina.
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