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LIA

Atualizado: 30 de set. de 2022

Lia — Que garotinha birrenta. — Pensei comigo mesma, naquele começo de primavera pela amanhã! Os dias passavam lentos, e eu sempre cuidando de Samanta, a filha única do senhor Norton! Eu praticamente morava naquele serviço, ajudando a criar aquela rebelde garotinha, depois da tragédia, desde que a mãe dela, havia falecido no parto. Bom! Acho que já tinha me apegado a menina, até dormíamos juntas, como se fossemos mãe e filha. Até participava das reuniões e festas, na escola a preparatória da pequena. Tinha também o pai do senhor Norton! Sempre sentado em sua poltrona favorita, sempre lendo e sempre calado. De olhar sereno e sedento, ao mesmo tempo, o velho senhor procurava disfarçar sempre quando me olhava com os profundos olhos azuis piscina. Já o dono da casa eu observava na distância, mais que segura, e com certa curiosidade, ver aquele homem de meia idade, que pouco dizia. Ele fechado em si mesmo, e sempre sentado em seu escritório. Ele sempre fazendo e refazendo balancetes, planejamentos, revisando relatórios, dando poucos telefonemas, fazendo reuniões virtuais e assinando ordens de serviço e memorandos. Mesmo em momentos, mais agitados, o senhor Norton, contratava diferentes buffets para as pequenas festas e fechadas recepções que dava em casa, tudo para não se envolver em assuntos domésticos. O dono da casa, só se comportava como dono da casa em eventos reservados para seletos clientes, poucos amigos e diretores da empresa que ele administrava. Norton trabalha em casa como se queria evitar perguntas embaraçosas e para se agarrar a dolorosas memórias, de quando saia para trabalhar e voltava tarde da noite quando a falecida esposa dormia no sofá à espera dele. Em suma se culpava pelo fato da falecida esposa não estar ao lado dele, ele se culpava pela morte da esposa. Certa noite, depois de colocar a pequena Samantha na cama para dormir, escuto o senhor Norton, a poucos passos atrás de mim. Virei-me assustada com o inusitado. — Poderia arrumar o nó da minha gravata!? — Perguntou de forma seca e formal. — É claro que sim senhor Norton, é um prazer. — Ele me devolveu um olhar calmo e atrevido ao mesmo tempo! O executivo estava seguro de si, como sempre. — Sabe Lia, nunca te agradeci por estes anos de dedicação conosco. Dei um nó de gravata Windsor, ele ergueu os braços e delicadamente com as costas das mãos, acariciou minha nuca com leves toques. Fixei o meu olhar nos olhos castanhos misteriosos, então eu não pude resistir ao toque, Norton me envolveu intensamente. Segurando forte em minha cintura, colocando contra parede e puxou os meus cabelos com força. — Quero muito te fazer mulher...deixa...! — As palavras se perderam no ar. Dominados pelo desejo, abraçados, subimos as escadas sem nada dizer. No quarto vendou meus olhos, tirou as minhas roupas, me pegou no colo e jogou e me amarrou na cama! Rendi-me completamente. Nos permitimos tudo, desde os mais profanos atos de desejos, um amor que reprimimos há anos. Nossos corpos cada vez mais febris, e a insanidade de nossa mente. Ele sussurrava em meu ouvido, que me amava, me entorpeceu com infindos prazeres. Fui a serva submissa, amante fiel, mulher e ele o meu homem, me tomava com força. Havia muita paixão e o saboroso gosto do pecado. Luxúria! E assim foram nossas noites de intensa paixão e muito amor! Ele me abraçava, não conseguia descrever o que sentia. Era uma viagem sem volta, ao paraíso, um eterno aconchego de amor. Noites abraçadas e corpos colados! Daquela noite em diante, só tinha olhos para ele. E quanto a garotinha Samanta, foi ficando menos rebelde e atenciosa com o pai. Após as festas e recepções na casa de Norton... O dono da casa me chamava. — Lia arrume o nó da minha gravata?! —Sempre, meu amor! Acariciando o meu corpo despido e excitado, me arrastou, ao seu quarto novamente... Nós amamos... Texto e argumento de Fabiane Braga Lima, poetisa e contista em Rio claro São Paulo.


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